Durante décadas criticou-se a forma tradicional de ensino e novas metodologias foram introduzidas, embora, muito ainda se espera quanto à dinamização do ensino. Como pedagogo e professor, creio que deve-se unir o útil ao agradável e menosprezar o "velho amor". Pensando nisso, resolvi publicar alguns trabalhos visando contribuir com o aquele que tanto quer ver algo diferente e que possa ajudar a "fazer a diferença".
quarta-feira, 23 de março de 2011
Joãozinho o revoltado
Num belo dia de domingo, pela parte da tarde, nasce um lindo menino. Era o neto de Dona Eneida, costureira famosa da região. Todos adoraram a chegada daquela meiga criança.
Sua vó ( que era também sua mãe, devido os problemas de saúde da filha), chamou o menino de Joãozinho.
Joãozinho cresceu forte, sadio e muito inteligente. Todos admiravam a sua tão lúcida inteligência. Na escola era sempre o melhor destaque.
Joãozinho foi crescendo e os por quês foram surgindo. O que mais lhe incomodava era por que a sua vó era também sua mãe. Não faltou quem lhe contasse que sua verdadeira mãe era Alice, que ele pensava ser sua irmã, aquela que tinha problemas mentais.
Para ele foi o fim da picada. Daquele dia em diante Joãozinho passou a ser um menino problema.
Várias vezes Joãozinho foi preso pelo conselho tutelar e pela polícia, fazendo coisas proibidas até para pessoas consideradas maior de idade. Na escola, aquele que então foi considerado o melhor aluno, passou a ser o oposto. Repetiu várias vezes a mesma série.
Os conselhos apareceram:
– Joãozinho, seja um bom menino!
– Joãozinho, se você for estudioso, será um grande homem!
De nada adiantava mostrar para ele o lindo mundo que o esperava.
Numa madrugada de sexta-feira houve um tiroteio. Uma pessoa má disparou sua arma contra Joãozinho alegando estar ele entre os malfeitores.
Sua história hoje se repete entre muitas crianças, adolescentes e jovens, especialmente entre aqueles que não aprenderam a ouvir e a conviver em uma sociedade de bons costumes.
O final da história me lembra dum ditado que minha mãe sempre diz:
“ Quem se mistura aos porcos come lavagem”.
Ormes Rodrigues de Paula.
Pedagogo
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